Lição 06 - A Despensa Vazia - Lições Bíblicas Jovens & Adultos - 3º Trimestre 2012

Lições Bíblicas Jovens & Adultos  -  3º Trimestre 2012
Vencendo as Aflições da Vida
Muitas são as aflições do Justo, mas o Senhor o livra de todas
Lição 06  -  A Despensa Vazia
Texto Áureo
Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão. (Sl 37.25)
Davi traz aos olhos de seu povo uma palavra de confiança, pois quando escreve este Salmo já está de idade avançada e com suas experiências com Deus pode assegurarque aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo”(Fp 1:6), mesmo que nos momentos de crises e provações.
Verdade Pratica
Em Fp 4.19, Paulo vem nos assegurar, que em Deus sempre teremos nossas necessidade supridas em glória por Cristo Jesus.
Mas note que Paulo usa duas palavras que precisamos nota-las:
  1. Necessidades: creia chreia  -  carência. Nos fala daquilo que realmente precisamos.
  2. Suprir: plhrow pleroo - tornar cheio, completar, i.e., preencher até o máximo.
Está é a vontade de Deus para nossas vidas mesmo em meio a situações adversas e improváveis Ele não irá apenas nos socorrer nestes momentos Ele irá alem pois suprirá “em Glória”.
Leitura Bíblica em Classe
Deus Supre as Necessidades da Viúva de um Profeta (IIRs 4.1-7)
A viúva de um dos profetas, achando-se incapaz de saldar uma dívida, enfrentou a possibilidade do credor tomar seus dois filhos para um período de escravidão. O texto em Levítico 25.39,40 determina que se o devedor não pudesse pagar a sua dívida, ele era obrigado a servir ao credor como escravo até o ano do jubileu.
O poder de Deus, manifesta­do através de Eliseu, aumentou o pequeno suprimento de azeite da viúva até uma quanti­dade que seria suficiente para saldar a dívida, e ainda sobrar para atender à sua família. No benevolente milagre que Eliseu realizou para a viúva do profeta, vemos a lição de "muitos vasos... vazios":
(1) Havia um urgente senso de necessidade, 1;
(2) Foi usado o que estava disponível, um vaso de azeite, 2;
(3) A medida da fé e da expectativa tornou-se a medida da bênção, 4-6;
(4) A necessidade foi atendida através da generosidade e do milagre de Deus, 7.
(Comentário Bíblico Beacon Vol. II pg 347)
I-Lutando Contra o Imprevisto
O que é um Imprevisto?
São situações que estão alem de nossa capacidade de controle. Por exemplo Viuvez, Desemprego, Acidentes, etc.
Nestes momento costumamos nos desesperar, achamos que não haverá escape para nós. Analise comigo a seguinte situação:
“E logo ordenou Jesus que os seus discípulos(Nós) entrassem no barco(nossa vida) e fossem adiante (nosso cotidiano), para a outra banda(o propósito de Cristo para nós), enquanto despedia a multidão.
E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.
E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas, porque o vento era contrário.
Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, caminhando por cima do mar.
E os discípulos, vendo-o caminhar sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram, com medo.
Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu; não temais.
E respondeu-lhe Pedro e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas.
E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me.
E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste?
E, quando subiram para o barco, acalmou o vento. Mt 14.22-32 (Grifo Nosso)”
Veja que estes experientes pescadores foram pegos de surpresa em uma tempestade (IMPREVISTOS DA VIDA), para eles não haveria saída, pois conheciam o mar e por isso sabiam do tamanho da dificuldade, sabiam que para eles não havia muita coisa que poderiam fazer.
Mas se notarmos no principio de nossa história Jesus não os despede simplesmente, Ele os despede e sobe ao monte orar, enquanto tempestade está a se formar o Senhor está orando, sabendo que eles podiam controlar aquela situação.
Quando a situação se torna insustentável para eles é o momento que Jesus chega, então há duas lições para nós:
a)      Enquanto podemos lutar com nossas forças o senhor nos deixa trabalhar por nossa conta, mas Ele se coloca em atenção caso seja necessário intervir;
b)      O vento que nos é contrário é favorável ao Senhor. Eles estavam assustados com o vento e a tempestade, mas foi o vento e a tempestade que trouxeram Jesus para mais perto deles.
Se aconteceu um imprevisto em sua vida, se você perdeu as rédeas familiares ou financeira, faça sua parte, lute com todas as suas forças, porque quando não der mais para você, este imprevisto lhe fará ver ao Senhor (Jó 42.5)
II-Deus Age com o que você tem
Porque Deus age naquilo que temos? Simples, porque tudo o que somos e temos foi Ele que já nos havia dado.
Deus sempre prove os meios que necessitamos antes mesmo que precisamos, veja como.
Em Jo 6.1-14, a história Bíblica vai nos falar de quando Jesus ensinava no monte e chegará a hora de despedir a multidão, mas já era tarde e por estarem a tempo com Cristo já não havia mais comida.
O Mestre pergunta-lhes: “Onde compraremos pão, para estes comerem?”. E sabia que não haveria dinheiro e nem onde comprar tantos suprimentos, isto trouxe inquietação aos discípulos.
Esta inquietação é comum a nós também em momentos de dificuldades, mas o Senhor sempre tem em nosso alcance a resposta que sempre precisamos.
Já notou que quando você tem uma grande necessidade, sempre pensamos em tantas pessoas pra nos socorrer (R$) ou nos ajudar, mas por fim quem vem ao nosso encontro é alguém próximo a nós e que nem imaginamos.(KKKKKKKKKKKKKKKK quantas vezes já passei por isso)
Deus já havia preparado um rapaz. A resposta estava mais próxima deles do que eles poderiam imaginar.
Deus os surpreendeu, pois eles encontraram o rapaz, mas não era o suficiente para toda a multidão, então Jesus toma aqueles cinco Paes e dois peixes e ora e o milagre acontece.
Precisamos orar e pedir direção a Deus, para que possamos encontrar aquilo que temos e que será o meio que o Milagre chegará em nossa vida.
Assim aconteceu com muitos nas Sagradas escrituras, Naamã e a sua serva, Paulo e as tendas, A viúva do servo e Eliseu, Elias e a farinha, Moisés e o Cajado, Sansão e a queixada.
Deus usará aquilo quem temos para operar em nossa vida.
III-A Providencia Divina
O Dicionário da Bíblia Almeida define assim Providencia:
Domínio universal de Deus, que preserva e governa o mundo e todas as suas criaturas {Sl 104; Lc 12.6-7; Mt 5.45; At 14.15-17; 17.25-28}, abençoando especialmente o seu povo {Mt 6.26-32; Rm 8.28}.
Mas para irmos além vou tomar emprestado definição do Dicionário Wycliffe (pgs 1618-1619):
 “ ‘As obras da providência de Deus representam sua mais santa, sábia e poderosa preservação e governo de todas as suas criaturas, e de todos os seus atos’ (Shorter Catechism). Momento a momento, o mundo continua porque Cristo sustenta "to­das as coisas pela palavra do seu poder" (Hb 1.3) e porque "todas as coisas subsistem por ele" (Cl 1.17; cf. Ne 9.6). Ao mesmo tempo, Deus não apenas sustenta, mas governa todo o mundo e a humanidade: as nações (SI 47.7; Dn 2.21; 4.25; Is 10.5-7), os indivíduos (l Sm 2.6-9; Is 45.5; Pv 16.9; SI 75.6,7; At 27.24), e o livre arbítrio dos homens (Pv 16.1; 21.1). A providência não é uma continuação da cri­ação, mas a preservação e o proposital dire­cionamento de tudo o que Deus fez inicial­mente.
A Demonstração da Soberania de Deus
A doutrina da providência reside na divina soberania de Deus, e na revelação de que Ele reina sobre tudo e a tudo governa de acordo com sua vontade. Entretanto, sua vontade está inteiramente sujeita ao seu caráter; portanto, ela deve ser descrita não como ar­bitrária, mas como perfeita e sagrada.
1.A providência e a ordem natural.
A pro­vidência inclui todas as coisas, quer gran­des (SI 145.9-17; Is 41.2-4) quer pequenas, como por exemplo o curso de uma flecha (lRs 22.34), os pássaros no ar (Mt 6.26), um sonho (Mt 27.19), pequenos pássaros que são vendidos (Mt 10.29; cf. Lc 12.6,7), um boato (At 23.16), e o resultado de se lançar sortes (Pv 16.33).
Os atos da providência, com a finalidade de uma análise posterior, podem ser divididos em gerais, isto é, aqueles que se aplicam ao mundo e à humanidade indistintamente; e os particulares, isto é, aqueles que aconte­cem tanto a indivíduos ainda não salvos e à nação escolhida por Deus, como àqueles que Ele escolheu para redimir. Então, sob essa especial providência encontra-se a nação de Israel (Am 3.1; Ml 1.2; At 15.14-16; Rm 11. 26-29), a Igreja (Ef 5.25-27) e os crentes in­dividualmente (Salmos 91.11; 147.9,20; Mt 6.26; At 14.16,17; Rm 8.28,39).
2.A providência e a história.
Deus controla e comanda todo o curso da história desde o início até o final. Ele escolheu uma nação,
Israel (Am 3.2) e fez dela o meio de sua reve­lação, deu-lhe sua Palavra que está regis­ trada nas Escrituras do AT, prometeu-lhe o Messias através delas (Dt 18.15-19; cf. At 3.22,23; 2 Sm 7.8-16; Is 7.14; Mq 5.2) e esta­beleceu com ela uma aliança para preservá-la e conduzi-la em meio a todas as tribulações até seu reino milenial (Dt 30.1-10; 2 Sm 7.16; Is 65.66; Os 1.10,11; 2.16-23; Jl 3.17-21; Am 9.11-15; Zc 14.1-21).
Ao mesmo tempo, Ele derrubou a barreira que existia entre judeus e gentios (Ef 2.14) quando revelou o mistério da expansão da sua Igreja (Ef 3.1-11) que, através da morte de Cristo, iria incluir a ambos. O tema de toda a Bíblia é o plano de Deus para salvar seus eleitos e estabelecer seu reino, na pri­meira fase do reinado milenial de Cristo (Ap 5.10; 20.4-6), e em sua segunda fase, a fase final, na Nova Jerusalém (Ap 21-22). Nada poderá impedir a consumação final do plano de Deus (Is 40.15; SI 2.4; At 4.25-28).
3.  A providência e a experiência pessoal.
Deus promete prosperar o justo (Lv 26.3-13; Dt 28.1-14). Por que, então, exclama o cren­te, os iníquos também prosperam? Por que tantas vezes eles não são castigados? O salmista apresenta duas respostas inspiradas: a riqueza dos ímpios é apenas temporária, e ao final Deus irá julgar a iniqüidade deles e defender sua própria santidade como Senhor (Salmos 37.16-22; 73; 91.8; Ml 3.13-4.3). Ao mesmo tempo, Deus adia seu castigo para que o iníquo possa ter a oportunidade de se arrepender (Rm 2.4; 2 Pé 3.9; Ap 2.21).
Mas por que o crente precisa sofrer tantas adversidades e tribulações? (a) Pode ser para seu próprio desenvolvimento (Salmos 94.12; Pv 3.11; Hb 12.5-13); (b) elas podem servir como um teste antes da abertura de gran­des campos de serviço (l Co 16.9; Tg 1.2-12); (c) trazem glória a Deus se forem suporta­
das com dignidade (Jó 1; 2; 42); e, (d) fazem parte da vocação da Igreja cristã (Mt 10.24ss.; Jo 15.18; 16.33: At 9.16; 14.22; Rm 5.3-5; Fp 3.10; l Pe 4.12-19).
4.         A providência e a liberdade pessoal.
Deus governa sobre os corações e as ações de to­dos (Pv 21.1), embora estes não tenham, necessariamente, conhecimento ou consciên­cia disto (Gn 45.5-8; 50.20; Is 10.5-12; 44.28-45.4; Jo 11.49-52; At 2.23; 13.27-29).
No entanto, ele o faz de tal maneira que suas ações são as de agentes livres; portan­to, eles permanecem responsáveis por tudo que fazem (Is 10.12; Rm 1.24-32). Dessa forma, o Senhor permite que os iníquos ajam de acordo com sua própria natureza (Salmos 81.12ss.; Rm 1.24ss.; At 14.16), mas no final Ele os punirá (Lc 22.22; At 3.13-19). Ao mesmo tempo, Ele leva os seus a colocar em prática os mandamentos que
lhes deu (Fp 3.12,13), embora isso só seja possível através da presença e do poder do Espírito Santo que habita em cada um de nós (Rm 8.3,4; Gl 5.22,23).
Bibliografia. L. Berkhof, Systematic Theo-logy, Grand Rapids. Eerdmans, 1949, pp. 165-178. G. C. Berkouwer, The Providence of God, Grand Rapids. Eerdmans, 1952. Charles Hodge, Systematic Theology, Grand Rapids. Eerdmans, 1952, I, 575-616.
R. A. K.”
Conclusão
Por mais que venhamos a passar momentos de privações e de apertos, temos um Deus que sempre suprirá nossas necessidades, verdade é que muitas vezes não como queremos ou sonhamos, Ele Suprirá.
Se hoje você está como a nossa irmã em IIRs 4, faça o que ela fez, vá ao Homem de Deus, converse com ele, peça orientação e faça como lhe for instruído.
Só se lembre de voltar e contar as Boas Novas de Vitória.
“E será que, se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o SENHOR, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do SENHOR, teu Deus:” Dt 28.1-2
 E lembre-se: se Ouvirmos a Deus, Ele virá a nosso encontro.
Auxílio Bibliográfico
Bíblia Online 3.0
Bíblia Revista e Corrigida
Comentário Bíblico Beacon
Dicionário Bíblico Wycliffe