Jo 19.26-27 “Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa”
Fp 4.19 “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.”
Não sei se você é assim como eu, mas eu gosto muito de ver gravuras de Cristo na Cruz ( não que eu ame somente a Cruz, mas é que sem ela não haveria salvação) e assim a minha imaginação voa longe.
Já li tanto sobre o sofrimento, a dor e a angustia, que certos dias isto me perturba, pois isto é algo sobre humano.
Você já teve a experiência de enfiar um estrepe de madeira na mão ou um prego no pé?
É algo que dói, incomoda e até nos tira a paz. Agora pense comigo o que Cristo estava passando, sentindo, pois além dos açoites, da coroa, dos cravos, o desprezo dos homens que ao Seus Pés lançavam sorte sobre sua túnica, ou zombavam dele, ou davam-lhe vinagre para aumentar sua angustia.
Mas em meio toda esta cena Cristo volta seu olhar para sua mãe, para Maria. Segundo a tradição José já havia morrido, os irmãos de Jesus ainda não haviam O reconhecido como Senhor e Salvador, ou seja, estaria desamparada.
Jesus olha e seu coração sofrendo pelo pecado da humanidade, se enche de terno amor e ante-vê o sofrimento que sua mãe sentiria e estende suas mãos de cuidado sobre ela.
Este cuidado não nos é novidade você já prestou atenção no que está escrito em Isaías 41.8-10 “8 Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo, tu, a quem tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei, não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.”
Você já experimentou trocar o nome Israel e Jacó pelo seu e o de Abrão por Cristo? Tente e me diga o que você sente.
Você pode sentir dos braços de amor e cuidado sobre sua vida te prometendo proteção, fortaleza, ajuda e sustento. Creio que foi este sentimento que Cristo teve ao ver Maria aos Pés da Cruz.
E não poderia ser diferente, pois há uma promessa feita pelo Nazareno Ressurreto de guardar-nos na hora da provação que nos pareça insuportável (3.10), Jesus sabia que para o coração de Maria seria algo terrível este momento.
E isto ainda ocorre conosco, nos momento que estamos sentindo-nos totalmente acabados Ele nos vê provendo o cuidado necessário para tal situação.
E este é o grande sentido do Salmo mais famoso de todo Hinário de Israel.
Você sabe qual é este Salmo, né? Tenho certeza que você já o usou uma ou mais vezes em sua vida ou nas suas dificuldade, ou angustias.
Este Salmo é o Salmo 23.
Depois de ler João 19.25-27, eu li o Salmo 23, e notei que não é Deus que fala com o Salmista, mas é o Salmista falando de Deus e para Deus. Ou seja é alguém que conhece Àquele que cuida de sua vida.
O amado Salmista de Israel fala-nos de algo que ele vive e conhece particularmente, ele sente o cuidado, o guiar, o proteger, mesmo quando ele está passando por momento que parecem ser de morte, pois ele tem a certeza que a “bondade e misericórdia” o “seguirão todos os dias de sua vida”.
É esta confiança que precisamos ter, precisamos aceitar cuidado de Deus e saber que Ele está nos observando e com seus cuidados voltados para nós.
Cristo na Cruz viu o coração de Maria, Cristo no céu contempla o nosso coração.