JUNTO A CRUZ DE JESUS - UMA VIDA TRANSFORMADA


Uma Vida Transformada
  
 Introdução
 João se destacou tanto entre os apóstolos, que passou a integrar o grupo mais intimo de Jesus. Ele ficou conhecido como o Apóstolo do amor. Mas será que ele foi sempre assim? É bom, antes de estudar três cartas escritas por ele, descobrir algo da sua vida e transformação através da sua vivência com Cristo.  

I – Sua Vida Familiar 
1.     João era filho de Zebedeu, provavelmente o mais novo e irmão de Tiago. Parece que sua mãe era Salomé, quando comparamos Mc 16.1 com Mt 27.56 – porque as terceira mulher que acompanhava as duas Maria ao túmulo é chamada Salomé por Marcos, e “a mulher se Zebedeu” por Mateus. Em Jo 19.25 quatro mulheres são mencionadas: as duas Marias, a mãe de Jesus e “a irmã dela”- Salome parece ser a irmã da mãe de Jesus. Por isso, foi natural que o Salvador entregasse Sua mãe aos cuidados de João, quando estava na cruz (Jo 19.25-27)
2.     Seu Lar
Parece que o lar de João era de “Classe média para cima”. Seu pai, um pescador, tinha empregados (Mc 1.20) e Salomé era uma das mulheres que “prestavam assistência com os seus bens” (Lc 8.3; Mc 15.40)

II – Seu Encontro com Jesus 
1.     Discípulo de João o batista
Antes de ser apóstolo de Jesus, João foi discípulo de João Batista. Portanto era um homem temente a Deus e alimentava forte expectativa da vinda do Messias. 
2.     “Eis o Cordeiro de Deus” (Jo 1.35-40)
Um dia passava perto de João e André um homem que João Batista descreveu com “o Cordeiro de Deus”. E assim João (e André) encontrou o esperado Messias, o Cristo de Deus. Foi o seu primeiro encontro com Jesus. 
3.     Um dos doze apóstolos de Jesus
Algum tempo depois, quando Jesus estava caminhando junto ao mar da Galiléia, viu João, junto com o pai e seu irmão, no barco, consertando as redes e chamou os dois irmãos para segui-lo (Mc 1.19-20).

III – Sua Personalidade era Difícil 
É tão fácil esquecer que João, o discípulo do Amor, possuía um gênio difícil e tinha algumas arestas que precisavam ser aplanadas pelo Senhor. A história dele mostra o poder do Evangelho para mudar vidas. 
1.     Era Explosivo (Mc 3.17)
Ele fora chamado de Boanerges – “Filho do Trovão”, por causa do seu gênio explosivo, exaltado e indisciplinado, como galileus impetuosos, cujo zelo não era controlado e algumas vezes mal orientado. 
2.     Era Ambicioso (Mc 10.35-40)
Isso se vê no pedido que ele e seu irmão fizeram a Jesus (encorajado por sua mãe) para que lhes fosse permitido se assentarem em lugar de privilégio especial quando Jesus entrasse no Seu Reino (Mc 10.37). O que mostra uma falta de discernimento a respeito da verdadeira natureza da sabedoria de Cristo. 
3.     Era Intolerante (Mc 9.38-41)
Um dia, João viu um homem expelindo demônios em nome de Cristo e proibiu-o, porque o homem não era discípulo Dele. João foi repreendido pelo Mestre por causa da sua intolerância. 
4.     Era Vingativo (Lc 9.51-56)
Esse espírito de vingança é visto pela sua indignação depois que uma vila de samaritanos desprezou seu Mestre, recusando-se a deixá-lo entrar nela (Lc 9.54). Jesus lhe ensinou a natureza longânima da Sua Missão Salvadora. “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas” (Mt 11.29). Como João aprendeu preciosas lições do seu Mestre e a vida deste rude pescador foi transformada! A transformação na vida de João mostra que ninguém tem um caráter difícil que não possa ser mudado por Jesus. “Sei que tenho um gênio difícil, sou assim mesmo, é o meu jeito – não vou mudar!”. Você não vai mudar sua vida, mas Cristo pode!

IV – Sua Vivência com Jesus 
Durante três anos viveu na companhia de Jesus e em três ocasiões importantes, João é mencionado em companhia do seu irmão, Tiago, Pedro como do grupo dos mais íntimos: na ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.37), na transfiguração (Mc 92.), e no jardim de Getsêmani (Mc 14.33). E foi João, junto com Pedro, que foi enviado por Jesus para fazer os preparativos para a refeição da Páscoa.

V – Seu Ministério Apostólico 
João nos deixou um evangelho, três cartas e o Apocalipse.

Conclusão 
João foi um homem de profundo conhecimento espiritual e dotado de disposições efetivas, que o levaram a ser o discípulo que Jesus amava (Jo 13.23; 19.26 e 20.2). Este amor tanto o caracterizou que, somente na sua primeira carta, ele emprega nada menos de 50 vezes a expressão amar.
Há uma tradição que João permaneceu em Éfeso até uma idade extremamente avançada, e Jerônimo relata que, quando João tinha de ser carregado para as reuniões cristãs, ele costumava repetir por muitas vezes, “Filhinhos, amai-vos uns aos outros”.
E esta é a mensagem, que João quer transmitir para nós, que Jesus pode transformar nossa vida assim como transformou a dele e que todas as vezes que ler suas cartas lembre-se: “Filhinhos, amai-vos uns aos outros”.